30 March 2012
29 March 2012
28 March 2012
eu disse que coração não é brinquedo,
mas ninguém quis me ouvir. eu disse, eu avisei e agora
mesmo estão todos lá, na mesma, brincando uns com os outros - fingindo ser,
fingindo amar, abraçando e odiando, sorrindo e matando. quem foi que disse que
para matar precisa de sangue? basta sorrir sem vontade, sem sentir, sem ser de
dentro pra fora. a mentira mata e mata mais que a morte propriamente dita,
porque mentira mata em vida e essa é a pior morte. vejam eles, se amando, tão
lindos, quem vê pensa que amor é “aquilo”. ah, meu Deus, me livra disso -
desses amores tão alienados e dessas pessoas tão distantes da verdade.
(diego nunes)
26 March 2012
(…)só quero sossego.
só preciso me recompor. recarregar as baterias. organizar as idéias. juntar os pedaços dos pensamentos. sintonizar minhas estações. me mexer. assumir, de vez, as rédeas da minha vida. deixar o medo num lugar distante. e tentar colar as partes do meu coração…
(clarissa corrêa)
25 March 2012
respire fundo
e começe a se despedir do que te faz sentir vazia, dê as costas a tanto sofrimento vago e sem sentido. abra os braços, deixe coisas boas fluirem a teu favor. passar tanto tempo em busca da felicidade que quando está com ela nem ao menos sente. jogue fora tudo o que escreveu, manche novos cadernos. está começando uma nova chance de se preencher.
(hélida carvalho)
24 March 2012
acho que eu só precisava disso,
olhar as coisas por outro ângulo. daqui a vista é mais
ampla e eu não vejo motivos pra lamentações. seus erros me tampam a visão, seus
acertos estão meio escondidos e o céu não tá mais azul. um dia fez sol, mas
hoje só chove. chega de viver embaixo do guarda-chuva. no seu frio, sem casaco. você, que já foi meu ambiente inteiro, hoje é só nuvem. e nuvem sempre passa.
(marcella fernanda)
21 March 2012
20 March 2012
(…) uma mulher não perdoa uma única coisa no homem:
que ele não ame com coragem. Pode
ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, jogar futebol no
sábado com os amigos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter
pêlos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um
momento para outro. qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem. amar
com coragem não é viver com coragem. é bem mais do que estar aí. amar com
coragem não é questão de estilo, de gosto, de opinião. não se adquire com a
família, surge de uma decisão solitária. amar com coragem é caráter. vem de uma
obstinação que supera a lealdade. vem de uma incompetência de ser diferente. amar para valer, para dar torcicolo. não encontrar uma desculpa ou um pretexto
para se adaptar, para fugir, para não nadar até o começo do corpo. não usar
atenuantes como “estou confuso”. não se diminuir com a insegurança, mas se
aumentar com a insegurança. não se retrair perante os pais. não desmarcar um
amor pela amizade. não esquecer de comentar pelo receio de ser incompreendido. não esquecer de repetir pela ânsia da claridade. amar como se não houvesse
tempo de amar. amar esquisito, de lado, ainda amar. amar atrasado, com a
respiração antecipando o beijo. amar com fúria, com o recalque de não ter sido
assim antes. amar decidido, obcecado, como quem troca de identidade e parte a
um longo exílio. amar como quem volta de um longo exílio. (…) amar com coragem,
só isso.
(carpinejar)
19 March 2012
eu não ligava para muitas coisas.
eu nunca ligo. ou eu amo ou eu desconheço. você pode fazer uma festa na minha frente, mas se não morar no meu coração, eu não vou enxergar.
(camila costa)
18 March 2012
ela é assim! pronto.
- mas assim como? explica!
- ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo. ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela. ela se incomoda com isso, às vezes, muito. ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa. mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. e ainda, graças a Deus, ela é diferente. algo que pesa e que tem o dom da leveza, algo que chora e que se manifesta em sorrisos, algo de forte, mas que se desmancha quando encontra a água.
- ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo. ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela. ela se incomoda com isso, às vezes, muito. ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa. mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. e ainda, graças a Deus, ela é diferente. algo que pesa e que tem o dom da leveza, algo que chora e que se manifesta em sorrisos, algo de forte, mas que se desmancha quando encontra a água.
(clarice lispector)
17 March 2012
não me façam feliz.
por favor, não me saciem
nem me deixem pensar que alguma coisa boa pode sair disso. olhem para meus
machucados. olhem para este arranhão. estão vendo esse arranhão dentro de mim? estão vendo ele crescer bem diante dos seus olhos, me corroendo? não quero ter
a esperança de mais nada.
(a menina que roubava livros)
16 March 2012
14 March 2012
13 March 2012
porque a gente inventa mil desculpas pra si mesmo,
tentando fugir da
situação. boa ou ruim. da ruim, é até compreensível. mas quando se trata da
felicidade, como é que cabe em nós, desculpas para não irmos em frente? uma
sensação de estranheza ao ter esse pensamento. a verdade é que a gente tem medo
de tudo que nos possa fazer, por mínimo que seja, feliz. a gente tem medo do
que possa nos prender. por isso o medo de ficar e ver no que vai dar. tudo
medo. tudo medo do amor.
(aghata paredes)
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