03 October 2010

senti  tanto sua falta hoje. algo como uma abstinência total de você. fiquei presa em velhas lembranças onde seu abraço estava bem quente, tão quente que foi capaz de me aquecer um pouco do frio que sentia. o tempo passava pelo avesso. e já não lembro a quantidade de badaladas que o relógio deu só para me lembrar que era só uma ilusão, que você na verdade não' estava aqui, comigo. é tão ruim se sentir vazio, sentindo a falta de algo importante. . . por alguns instantes eu sentia que era real, que seu amor existia e que ele aquecia meu coração. mas o telefone não tocou nenhuma vez, os sinos também não tocaram, e você não estava aqui. o portão estava aberto, eu estava do lado de fora olhando a rua; passaram todas as pessoas do mundo: mães com seus filhos, amigos conversando, casais de mãos dadas. todos estavam lá, mas nenhum deles tinha o seu olhar, tinha o calor que eu precisava pra me sentir feliz.
você sabe o que eu penso, entende minhas ideias, faz do inexistente real, faz de tudo, muda o mundo, só pra me agradar. isso me amedronta, me assusta, mas ao mesmo tempo. . . me fascina tanto. que as próximas páginas sejam tão bonitas quanto essas tem sido e que o tempo, o tão impiedoso tempo, não nos faça distante a medida que passe. que faça o inverso, que deixe tudo assim, bonito e puro. . . encontrei em você um outro eu, que se parece tanto comigo. . .quase como minha imagem e semelhança. não sei porque mas sinto que é seguro confiar em você.