17 August 2012

nasce boneca, rostinho de porcelana, corpinho de pano.

da boneca, o pano vai se desgastando, rasgando, a porcelana racha, quebra a cara. tenta se esconder achando que fuga é proteção, e de repente: cadê a boneca que tava aqui? fica sem graça ao perceber que não perde a graça trocando porcelana e pano por carne e osso, e aí já é tarde demais. virou gente, e então fica tudo mais complexo, as coisas saem de controle. aí diz uma coisa, repete, diz uma coisa, e nós aqui, vendo outra coisa. contradição. confusão. como cantou Cazuza: tuas ideias não correspondem aos fatos


(pedro bial)